Se você deseja algo em troca, quando pensa estar amando, reavalie. Não é amor, mas necessidade de preencher alguma carência. Amor implica disponibilidade, gratuidade e entrega.
O mesmo princípio vale para o trabalho como um ato de amor. Deve ser vivido da mesma forma, com devoção, não obrigação e sem almejar algo em troca. Ele é a própria recompensa.
Há quem pense que é preciso fazer só o que gosta para vivenciar o trabalho como um ato de amor. É um ledo engano, pois limitar-se aos mais agradáveis seria negar a importância dos árduos e heroicos, como os dedicados a tratar doenças, sob risco de contaminação, ou a enfrentar os malefícios das guerras.
Para viver o trabalho como um ato de amor é preciso gostar do que tem de ser feito. Assim, realizado com amor, todo tipo de trabalho é digno e gratificante.
A ativista Helen Keller dizia que tudo o que amamos profundamente converte-se em parte de nós. Ela já sabia que o amor não é um sentimento, mas algo em que nos transformamos, na medida em que compõe a nossa vida.
Para Gibran Kahlil Gibran, poeta e filósofo libanês, “o trabalho é o amor tornado visível”. Pois se, de um lado, o amor é algo em que nos transformamos, de outro, o trabalho é a expressão desse mesmo amor.
Quando somos amor, esse amor se transfere para tudo o que fazemos. Segue incorporado ao produto ou serviço, como um invólucro de boa energia. O amor atrai e cativa. Quem o desfruta, quer replicar a experiência e oferecer a recompensa justa, com gratidão.
O amor é e sempre será a melhor estratégia.
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Textos: Roberto Tranjan