Vários são os dons, diversos, os talentos, múltiplas, as inteligências. Mas o propósito é um só. Muitas são as atividades, os ofícios, as profissões, as vocações. Mas o propósito é o mesmo, a construção de uma Nova Economia.
Cada um se manifesta ao seu jeito, tendo em vista o propósito coletivo, que é a construção de um mundo melhor. Habitamos a mesma casa, bebemos a mesma água, respiramos o mesmo ar, vivemos o mesmo Espírito. Precisamos transformar a Casa Comum em um lar para todos.
No lar comum em que habitamos, todos nós fazemos oferendas particulares, de acordo com a sabedoria ou a ciência. Aquele movido pela fé; este, pela arte. Alguns, com o poder da cura, outros, com a força dos milagres. Há quem se baseie na filosofia e quem se fundamente na energia das palavras.
O importante é que cada um, diante do mesmo propósito, coloque a sua argamassa, contribuindo com a Grande Obra. Sempre sustentada por valores virtuosos, pois, caso falte esse respaldo, as competências são inócuas.
O maior de todos os desafios é, ao mesmo tempo, outra elaboração. Só constrói um mundo melhor quem, antes, se reconstrói, se reinventa. É preciso que cada um de nós encontre a solidariedade, em nosso interior, para conseguir oferecê-la aos demais.
Quem busca um novo estilo de vida em si, é capaz de estendê-lo ao próximo. Quem tem, para si, um projeto de desenvolvimento baseado em valores humanos, pode vivê-lo em todas as áreas de sua vida, educando pelo exemplo. Quem vive a prática do cuidado de si, tem condições de expandi-lo para a Casa Comum, a Grande Obra.
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Textos: Roberto Tranjan